22 de junho de 2015
Elas provavelmente vão surgir e te acompanhar a vida toda. Melhor aprender a lidar, né?
1. Elas apareceram de uma hora para outra. O que aconteceu?
Não tem jeito, adolescência é a fase das mudanças mesmo. O corpo se desenvolve (oi, peito! Oi, bumbum!)... E eis o momento clássico para o surgimento das estrias. Explicando melhor: a pele é composta de três camadas. É na do meio que ficam concentradas as fibras de colágeno e as fibras elásticas, grandes responsáveis pela elasticidade. Quando a gente engorda, ganha muito músculo de uma vez ou cresce demais, as fibras de colágeno precisam se esticar muito e, neste processo, podem acabar se rompendo. É o começo da estria.
2. Qual a diferença entre as estrias vermelhas e as brancas?
Na verdade é tudo uma questão de ~idade~ da estria. Lembra que ela começa com o rompimento das fibras de colágeno? Então, esse rasgo é preenchido de forma desorganizada e, por isso, fica com a textura toda enrugada. Na tentativa de se recuperar, o local se enche de vasos sanguíneos e incha. São as estrias vermelhas. Depois de alguns meses, as células da pele se acalmam e se compactam. Aos poucos, aqueles riscos rosados vão ficando mais claros. As estrias, agora brancas e profundas, já estão completamente formadas.
3. Coçar a estria piora o problema?
Na verdade, a lógica é outra. O surgimento das estrias pode se manifestar com coceira. Mas coceira não causa estria. Entendeu?
4. Hormônios e estrias têm alguma coisa a ver?
Hormônios, sempre eles! Sim, a progesterona e o cortisol enfraquecem as fibras de colágeno, favorecendo o rompimento da pele. Detalhe: o estresse libera cortisol no organismo. Ou seja, pessoas estressadas têm mais estrias. Relaxando em 3, 2, 1...
5. Tem cura?
Estria não tem cura. #fato Depois que as fibras se rompem, nada consegue fazê-las voltar para o lugar. Os tratamentos tentam preencher as linhas e melhorar a textura da pele, mas conseguem, no máximo, amenizar as marcas - nenhum resolve 100% do problema. O resultado depende do estágio da estria, do tipo de cicatriz e da reação de cada corpo.
6. Como posso tratá-las?
Existem três técnicas bastante usadas, lembrando que a estria vermelha, por ser mais jovem, responde melhor aos tratamentos. O laser e luz pulsada provoca uma reação inflamatória no local que faz com que o tecido tente se reorganizar. A melhora é de 80% nas estrias vermelhas e 50% nas brancas. No tratamento de dermoabrasão, uma lixa de diamante ou microcristais de alumínio faz uma espécie de esfoliação bem poderosa para acelerar a renovação das células. Estrias brancas podem melhorar de 20 a 40%. As vermelhas, de 30 a 50%. Outra opção é o método com ácido retinoico, que estimula a renovação celular e melhora a elasticidade da pele. Funciona apenas em estrias vermelhas, que regridem cerca de 50%.
7. Se eu faço musculação, tenho mais chances de ter estrias?
Sim, mas não qualquer musculação, é importante ressaltar. Só vale para quem ganha muito (mas muito mesmo) músculo de uma vez.
8. Consigo prevenir?
Uma boa alimentação sempre ajuda. Além de não comprometer seu peso, frutas, verduras e legumes são ricos em vitamina C, que deixam as fibras mais fortes (não adianta tomar cápsulas de vitamina, viu?). Evitar o cigarro também é uma boa: não bastando acabar com o seu fôlego e a sua saúde, fumar piora a qualidade das fibras da pele.
9. Refrigerante dá estrias?
Isso não é mito. O açúcar, abundante nos refris normais, enfraquece as moléculas de colágeno. O sódio, presente em refris normais e ainda mais concentrado nas versões zero e light, causa retenção de líquido, o que pode favorecer o aparecimento de celulite também. Ok, mas não precisa ficar neurótica, né? Basta consumir com moderação.
10. Quem usa calça justa tem mais estrias?
Poderia se dizer que ela atrapalha a circulação, causando retenção de líquido e inchaço. Mas nenhum estudo comprova essa relação, ok?
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