30 de setembro de 2015

Ele é ícone da juventude. É democrático. Pode ser aliado de tudo e todos. O jeans podia bem se candidatar à política – e certamente seria votado pela maioria absoluta. A história desse tecido explica muito da posição que ocupa hoje nos guarda-roupas, vitrines e corações de muita gente.

O jeans é a base de qualquer guarda-roupa
A história do jeans se confunde um pouco com a história do mundo moderno
Diferente do que muita gente pensa, ele não nasceu nos Estados Unidos e sim na Europa, o brim pesado do final do século 18 era usado em Gênova, na Itália, mas originário da região de Nimes (e por isso no nome Denim para o tecido).
Um século depois, o francês Levi Strauss saiu do seu país natal com destino a Califórnia, na costa oeste americana, e começou a criar calças de lona de barraca em tons índigo – aquele azul bem jeans. As peças ainda eram usadas por trabalhadores da época, mas precisavam ser ainda mais resistentes. Ao lado de um estilista, Levi passou utilizar o jeans com rebites e reforçar as costuras, transformando as peças em verdadeiros escudos usados pelos cowboys do velho-oeste americano, já na década de 30.

Durante a segunda guerra, marcas com Wrangler e Lee surgiram criando produtos não ligados apenas aos trabalhadores, mas também aos uniformes militares e até ao uso civil. Era feito para durar. Na época, ninguém podia comprar várias calças, jaquetas. Era uma de cada.
No pós-guerra, o que se viu foi uma mudança radical no referencial de consumo. Foi nesse período que a moda jovem feminina também se desenhou a partir das meninas que saíam de casa e passavam a frequentar os colleges americanos.
Nas décadas de 50 e 60, a classe de consumo era outra. Os jovens agora trabalhavam fora e faziam com o dinheiro que ganhavam aquilo que queriam: em roupas e estilo. Foi a década da consagração do jeans. Com explosão de cores da época, passaram a ser tingidos, customizados e representava um discurso anti-moda.
Na década seguinte, o poder de marca passou a ser fundamental tanto quando as inovações nas lavagens e tons.

No final dos anos 70, os estilistas passaram a usar o tecido em suas coleções. Calvin Klein, por exemplo, foi o primeiro a colocar o jeans nas passarelas de moda. O impacto foi absorvido rapidamente e logo Giorgio Armani, Ralph Lauren e Fiorucci se renderam ao jeans. E, mais do que isso, colocaram suas etiquetas bem a mostra, para todo mundo ver.
Os anos 80 e 90 são sinônimos de revolução tecnológica, inclusive no mundo fashion. Novas costuras, que extrapolam o tradicional, novas formas de lavagens e até novos fios deram leveza ao jeans, que agora pode ser usado tanto no verão quanto no inverno.
Hoje, todas as marcas olham para o jeans. Democrático e versátil, ele estampa catálogos tanto de grifes luxuosas quanto de lojas de departamento. Todo mundo que usa, adora.

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